A Caixa Econômica Federal iniciou nesta terça-feira (20) o pagamento da parcela de junho do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 2. Essa é a primeira parcela que inclui o novo adicional de R$ 50 destinado a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, ampliando o valor total do benefício. Desde março, o programa já contempla um adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos, possibilitando um valor máximo de até R$ 900 para aqueles que atendem aos requisitos para receber ambos os adicionais.
O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600, mas com a inclusão dos novos adicionais, o benefício médio alcança o patamar de R$ 705,40, tornando-se o maior valor já registrado na história do programa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês, o programa de transferência de renda do governo federal beneficiará aproximadamente 21,2 milhões de famílias, representando um gasto total de R$ 14,97 bilhões.
A denominação do programa voltou a ser Bolsa Família desde o início do ano. O valor mínimo de R$ 600 foi assegurado após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos deste ano, sendo R$ 70 bilhões destinados especificamente ao custeio do benefício.
O pagamento do adicional de R$ 150 foi iniciado em março, após o governo realizar uma revisão minuciosa no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Segundo o balanço mais recente divulgado em abril, cerca de 2,7 milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram o benefício cortado.
Apesar do corte, foi estabelecido um prazo de 60 dias para que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas, que se cadastraram como famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado, regularizem sua situação e comprovem os requisitos necessários para retornarem ao programa. A principal exigência é que a família possua uma renda mensal de até R$ 218 por pessoa, calculada dividindo-se a renda total pelo número de integrantes da família.
Além disso, uma nova alteração incorporada ao Bolsa Família em junho é o início da regra de proteção. Agora, mesmo que uma família consiga emprego e aumente sua renda, ela poderá permanecer no programa por até dois anos, desde que cada membro receba o equivalente a até meio salário mínimo. Nesse caso, a família passará a receber 50% do valor do benefício ao qual teria direito.
No formato tradicional do Bolsa Família, os pagamentos são efetuados nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários poderão acessar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas pelo aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Auxílio Gás
Também será realizado o pagamento do Auxílio Gás nesta terça-feira para as famílias inscritas no CadÚnico com NIS de final 2. Em junho, o benefício terá o valor de R$ 109 e seguirá o calendário do Bolsa Família. No entanto, esse montante teve uma redução em relação ao mês de abril, devido às recentes quedas no preço do botijão.
O programa do Auxílio Gás, com previsão de duração até o final de 2026, beneficia neste mês cerca de 5,62 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família, o benefício permanecerá correspondendo a 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o final deste ano.
Apenas famílias que estão incluídas no CadÚnico e possuem pelo menos um membro que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm direito ao Auxílio Gás. A lei que criou o programa determina que a mulher responsável pela família tenha preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.