Parapan de Jovens de Bogotá reunirá atletas com deficiência em competição internacional

Evento contará com a participação de 900 atletas de 21 países, incluindo o Brasil, que terá 96 competidores em busca de medalhas em 12 modalidades

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Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá (Colômbia) estão prestes a começar, trazendo emoção e competição para jovens com deficiência. O evento, que estava inicialmente programado para 2021, foi adiado devido à pandemia de Covid-19, mas agora está pronto para receber cerca de 900 atletas de 21 países, com idades entre 12 e 20 anos. A competição, que terá início na próxima quinta-feira (2), promete momentos de superação e conquistas esportivas.

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O Brasil estará presente no Parapan de Jovens com uma delegação de 96 atletas, dos quais 44 são integrantes do programa federal de patrocínio individual Bolsa Atleta, considerado um dos maiores do mundo em seu gênero. Além disso, a equipe brasileira contará com dois calheiros, que auxiliam os competidores da bocha. Os atletas brasileiros começarão a se reunir no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir desta segunda-feira (29), e o embarque para Bogotá está previsto para a próxima quarta-feira (31).

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O Brasil buscará medalhas em diversas modalidades, sendo o basquete em cadeira de rodas e o halterofilismo as que contarão com o maior número de representantes brasileiros, com 16 atletas em cada uma. A delegação verde e amarela também competirá no futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais, goalball, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.

Esta será a quinta edição dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que teve sua estreia há 18 anos em Barquisimeto, na Venezuela. Coincidentemente, a primeira participação brasileira ocorreu em 2009, também na capital colombiana. A última edição do evento foi realizada em 2017, em São Paulo, e contou com a presença de atletas campeões paralímpicos, como Mariana D’Andrea no halterofilismo e Emerson Ernesto no goalball, que brilharam nos Jogos de Tóquio em 2021.

Segundo Jonas Freire, diretor de Esportes de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o objetivo é proporcionar aos atletas uma primeira experiência internacional positiva, incentivando-os a seguir uma carreira esportiva e quem sabe competir em futuros eventos, como uma Paralimpíada.

Para Amanda Braz, jogadora de goalball, o Parapan de Bogotá será seu primeiro grande desafio internacional representando o Brasil. Com apenas 18 anos e baixa visão devido ao glaucoma, Amanda está ansiosa e determinada a dar o seu melhor. A competição também é especial para o pai de Amanda, que também é atleta da modalidade para deficientes visuais.

Enquanto alguns atletas vivenciarão uma experiência inédita em Bogotá, outros já estão familiarizados com competições internacionais. Lucas Arabian, mesatenista de 17 anos, já competiu em nível internacional e conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Granada, na Espanha, em 2022. Agora, ele vê o Parapan de Jovens como uma oportunidade para testar seu desempenho após uma cirurgia na medula e recuperar o ritmo de jogo. Além disso, ele tem como objetivo garantir uma vaga nos Jogos Parapan-Americanos em Santiago, Chile, e, se for campeão, conquistar uma vaga para a Paralimpíada de Paris, na França.

Embora o Brasil esteja presente em dez das 12 modalidades do Parapan de Jovens, as exceções são o atletismo e a natação, que distribuem um grande número de medalhas. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) decidiu não enviar equipes nessas modalidades devido à indefinição em relação à classificação funcional e à validação de marcas internacionais. No entanto, o CPB promete oferecer outras oportunidades para esses atletas no segundo semestre, a fim de suprir sua ausência no Parapan.

O Parapan de Jovens de Bogotá promete ser uma competição emocionante, repleta de talento e determinação por parte dos atletas com deficiência. Com o apoio do programa Bolsa Atleta, do governo federal brasileiro, e o incentivo de atletas experientes, os jovens competidores têm a oportunidade de mostrar seu potencial e se inspirar em grandes nomes do esporte paralímpico.

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