Operação Penalidade Máxima revela esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol

Governo Federal editará MP para regularizar apostas esportivas no país

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Nos últimos dias, o noticiário esportivo tem sido dominado por denúncias de esquemas de manipulação de resultados de jogos de futebol para favorecer apostadores. O caso foi revelado pela operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que identificou a participação de jogadores profissionais de futebol em um esquema fraudulento.

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De acordo com a investigação, organizações criminosas subornavam atletas profissionais de futebol para praticarem determinados eventos em partidas oficiais, como cometer pênaltis ou tomar cartões amarelos ou vermelhos, fazendo com que os apostadores envolvidos no esquema acertassem uma aposta feita previamente.

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Entre os jogadores denunciados estão Eduardo Bauermann, afastado preventivamente pelo Santos, Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (que atuou no Sergipe). Além disso, mais nove pessoas, incluindo apostadores e membros da organização criminosa, também foram apontadas na denúncia.

A investigação teve início em fevereiro, a partir de uma denúncia feita pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, e posteriormente ampliou o escopo das investigações, passando a apurar possíveis eventos irregulares em partidas da Série A.

Nesta semana, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal (PF) instaurasse inquérito para investigar indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, iniciativa que tem apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Apesar da descoberta do esquema criminoso, a CBF afastou qualquer possibilidade de interromper a edição atual do Campeonato Brasileiro e afirmou que trabalha “em conjunto com a Fifa [Federação Internacional de Futebol] e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação”. As apostas esportivas foram instituídas no Brasil em 2018, com a publicação da Lei 13.756, mas a atividade ainda carece de regulamentação. O Ministério da Fazenda informou que editará uma medida provisória para regularizar o mercado no país.

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