Com 21,19 milhões de famílias contempladas e um total de repasses que chega a R$ 13,9 bilhões, o Bolsa Família começa a ser pago nesta sexta-feira, 14/4, a beneficiários dos 5.570 municípios brasileiros. O valor médio recebido por família é de R$ 670,49, o maior já registrado na história do programa de transferência de renda do Governo Federal. O recorde anterior tinha sido registrado no mês passado, em março, com R$ 670,33.
O Bolsa Família garante um valor mínimo de R$ 600 e conta com um adicional de R$ 150 do Benefício Primeira Infância, destinado a cada criança de zero a seis anos na composição familiar dos beneficiários. Em abril, são 7,2 milhões de famílias com pelo menos uma criança nessa faixa etária. O pagamento soma um investimento de R$ 1,3 bilhão. Em número de indivíduos, são 8,89 milhões de crianças de zero a seis anos em abril.
CALENDÁRIO – O calendário de repasses do programa é feito de forma escalonada, a partir do final do Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários (confira abaixo). Os primeiros a receber são os beneficiários com NIS de final 1, nesta sexta. O cronograma de pagamentos segue até 28 de abril, para beneficiários com o NIS de final zero.
Para municípios em situação de emergência ou calamidade reconhecida, o Governo Federal unificou o pagamento do Bolsa Família para o primeiro dia do calendário. Assim, nesta sexta-feira (14.04) serão contempladas todas as famílias beneficiárias atingidas pelas chuvas em São Paulo, no Espírito Santo, no Acre e as atingidas pela estiagem no Rio Grande do Sul, além dos povos Yanomami.
REGIÕES – No recorte por regiões brasileiras, o maior número de beneficiários se concentra nos nove estados do Nordeste, com 9,7 milhões de famílias contempladas a partir de um investimento de R$ 6,3 bilhões e benefício médio de R$ 662.
Na sequência aparece o Sudeste. Os quatro estados da região somam 6,3 milhões de famílias beneficiárias, um aporte de R$ 4,2 bilhões e um benefício médio de R$ 669. O Norte reúne 2,5 milhões de famílias, R$ 1,7 bilhão em recursos e valor médio recebido por família de R$ 686.
Já os três estados do Sul contam com 1,4 milhão de famílias contempladas, a partir de um investimento de R$ 965 milhões e benefício médio de R$ 683. No Centro-Oeste está o maior valor médio recebido por família. As 1,1 milhão de famílias atendidas na região recebem média de R$ 689 a partir de um investimento federal de R$ 775 milhões.
ESTADOS — Na divisão por Unidades da Federação, a Bahia reúne o maior número de famílias contempladas em abril. São 2,56 milhões, a partir de um investimento de R$ 1,66 bilhão. São Paulo aparece em segundo lugar em número de famílias, com 2,55 milhões, mas soma um valor total de investimento maior, de R$ 1,7 bilhão, porque no estado há mais crianças de zero a seis anos que recebem o Benefício Primeira Infância.
Outros seis estados reúnem mais de um milhão de famílias contempladas em abril: Rio de Janeiro (1,83 milhão), Pernambuco (1,67 milhão), Minas Gerais (1,61 milhão), Ceará (1,49 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).
AUXÍLIO GÁS — Neste mês, 5,69 milhões de famílias em condição de extrema vulnerabilidade recebem também o Auxílio Gás, benefício pago a cada dois meses e que considera a média do preço nacional de referência do botijão de 13kg do gás de cozinha. O valor a ser repassado neste mês é de R$ 110 por família, a partir de um investimento do Governo Federal de R$ 626 milhões. O calendário de repasses é o mesmo do Bolsa Família.
A maior parte das famílias atendidas pelo Auxílio Gás está no Nordeste. Para repassar o Auxílio Gás às 2,72 milhões de famílias da região, o Governo Federal investe R$ 299 milhões. Em seguida aparece o Sudeste, com 1,85 milhão de contemplados, resultado de um repasse de R$ 204 milhões. Na região Norte, o Auxílio Gás chega a 546 mil famílias. Juntas, elas recebem R$ 60,1 milhões. Já no Sul, são 367 mil atendidos, a partir de um investimento de R$ 40 milhões. Por fim, no Centro-Oeste há 194 mil famílias beneficiárias, com R$ 21 milhões transferidos.