God of War: Review

João Antônio João Antônio
11 minuto(s) de leitura
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Um novo recomeço

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O amadurecimento na vida do ser humano é inevitável. Este dia chega para todos, onde coisas ruins ou decisões erradas são deixadas para trás e temos a oportunidade de recomeçar e tentar ser melhor. Uma segunda chance? Talvez. É sobre isso que o novo God of War irá tratar, de um novo recomeço na vida do espartano mais “cascadura” no mundo dos games.

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A história se passa tempos depois dos acontecimentos de God of War 3. Kratos está casado novamente e tem um filho. E devem cumprir a promessa que ele a prometeu antes sua morte, jogar suas cinzas do monte mais alto. Assim se inicia a jornada de Kratos e seu filho Atreus.

Jogo é bastante sutill em relação ao enredo, ele não te dar tudo de bandeja como aconteceu em todos os jogos anteriores onde já sabíamos o que ia acontecer sem antes terminar a aventura. Neste caso o próprio jogo é o guia no desenrolar da trama, tudo é mostrado nas entrelinhas seja nos diálogos, e nas animações, e nos momentos do barco. O foco maior desta aventura é o relacionamento de Kratos e seu filho e o arco desses dois personagens é incrível. Kratos não é mais aquela máquina de guerra do passado, agora ele tem um filho e não quer que o mesmo cometa os mesmo erros que cometeu no passado. Em contrapartida Atreus quer mais afeto de seu pai e tenta trazer de volta o resto de humanidade, sentimento que seu pai ainda tem dentro de si. Este embate é o ponto alto de toda a trama, pois há uma mensagem, uma moral por trás de toda essa jornada. A medida que esse vínculo de pai e filho  vai crescendo, passamos a conhecer um Kratos totalmente diferente, mais preocupado, cheios de lições de moral isso gera um carisma ao personagem, algo que ele não tinha no passado. Atreus também nos surpreende com sua evolução no desencadear da história e ele é pelo instrumento fundamental para transformação de Kratos.

O enredo não se limita somente só ao relacionamento de pai e filho, uma trama por trás desta jornada é criada. Personagens são apresentados, que por sinal também são muito bem desenvolvidos, e conflitos são criados. Dando a narrativa duas linhas de desenvolvimento que se desenvolvem ao mesmo tempo sem deixar de preservar a mitologia com nomes, seus contos poéticos e seu humor negro. Tudo é bem contado e todo esse universo se expande nas missões secundárias, que aqui são chamadas de favores e que parecem muito com os contratos de bruxos de The Witcher 3, onde sempre há uma história por trás nos mostrando fatos históricos da mitologia. Temos também trípticos, artefatos, pergaminhos, escrituras em paredes,  inúmeros diálogos randômicos entre os personagens e uma diversidade de inimigos com suas próprias culturas e ritos. Enfim God of War nunca explorou tão bem uma mitologia sem esquecer de evidenciar as demais mitologias existentes.  A dublagem está  formidável, todas as falas combinam com personagem e com situações com que o mesmo se encontram. Já a trilha sonora é impecável, sua sincronia com os eventos do jogo é incrível trazendo ainda mais imersão ao jogador com o mundo jogo. Todos esse elementos fazem deste novo capítulo da jornada de Kratos épico, emocionante e cheio de surpresas.

God of War está mudado. E isso é ótimo.

Uma das grandes mudanças neste God of War foi a perspetiva de câmera que o jogo adotou, deixando de lado a câmera fixa que acompanhou todos os jogos da série ao longo desses anos. Essa escolha mudou todo um princípio enraizado na franquia e a agraciado por uma legião de fãs. Desde gameplay, combates e até a maneira de como a história seria contada,—- mas sobre isso falaremos depois. Então vamos ao que interessa, as mudanças.

O sistema de progressão deste novo God of War aderiu, como muitos jogos vem fazendo, ao sistema de RPG. Agora Kratos, Atreus e os inimigos possuem níveis, com isso foi habilitado uma árvore de habilidades, onde você deve evoluir Kratos com inúmeros combos para o machado, escudo e habilidades relacionadas desempenho de Atreus nos combates, tudo isso através de XP. E as horbs? Esqueça eles agora, o jogo possui uma própria moeda, as Hacksilver. Esta responsável pela criação e aprimoramentos dos equipamentos e armas. Sim, agora você pode criar e aprimorar os equipamentos e as armas de Kratos e Atreus, influenciando diretamente nos atributos de Kratos. Com a implementação dos atributos  agora nós jogadores estamos abertos a customizar Kratos na build que preferirmos, seja voltado mais pra força e menos defesa, independentemente, você agora pode customizar Kratos ao seu ver sem, é claro, perder a essência do personagem. Todas essas mecânicas de craft e upgrade implementadas na progressão do jogo deu aos jogadores uma experiência única, seja dentro do mundo do jogo, seja nos combates.

Outra mecânica também afetada pelo novo estilo de câmera foram as de combate. Agora você tem a opção de ataques leves, pesados, uso da esquiva e de escudo, mecânicas que lembram bastante dark souls, mas não se preocupe não se parece em nada com a série souls. Os combates estão mais estratégicos e táticos por conta da nova perspectiva de câmera e o gerenciamento de seus ataques é primordial, deixando o combate mais frenético e intenso. Com todas essas mudanças de estilo envolvendo o sistema combate você deve se perguntar se o combate continua brutal em relação aos jogos anteriores, — quanto a isso fique tranquilo, toda sua essência brutal e violenta foi mantida, nos proporcionando as cenas mais violentas e brutas de todos os jogos da série.

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A árvore de habilidades por sua vez, oferece uma gama de combos para serem aplicados durante o combate, dando ao jogador um leque de formas de combater os inimigos, tornando o combate mais dinâmico e diversificado. Por fim o machado de Kratos, este que é umas das grandes inovações dentro do combate do jogo. Toda a física de lançá- lo e invocá – lo, independente da distância que você esteja e ele retornar para sua mão destruindo tudo que estiver no seu caminho, é fantástico.Todas esta mecânica trouxe uma abordagem diferente para os combates e para a solução de puzzles espalhados pelo mundo do jogo.

Mas nem só de combate vive o novo God of War. O fator exploração foi bastante aproveitado fazendo com que o jogador não se prendesse apenas combate, mas também pudesse explorar o vasto mundo do jogo. Esse era o tempero que God of War precisava, dar um equilíbrio em um gameplay que só se baseava em combate e mais nada,— convenhamos era algo bem repetitivo. O mapa do jogo é dividido nos  reinos da mitologia, cada reino possui um mapa e áreas para serem exploradas, lembrando muito os mapas de Tomb Raider (2013) e Rise of the Tomb Raider (2015), desde encontrar mapas de tesouros, trípticos que contam alguns acontecimentos da mitologia, colecionáveis e os famosos baús. Tudo isso para ser explorado quer antes ou depois de ter concluído o objetivo principal do jogo, dando a este no God of War uma maior longevidade.

Os gráficos de God of War  é um primor técnico, suas texturas altamente realistas, iluminação, as expressões faciais, a quantidade de partículas e a destruição parcial de cenário durante os combates fazem deste jogo uma grande experiência visual nunca vista na serie. Porém algo deve ser evidenciado,  o grande cuidado de mostrar os mínimos detalhes seja na quantidade de partículas após uma explosão ou derrotar um inimigo, nos momentos de combate quando Kratos dilacera um inimigo bem como em todas as animações. É algo espetacular de se ver.

A ambientação é fantástica e imersiva. Em todos os reinos disponíveis para se visitar durante a jornada de Kratos cada cenário possui seus biomas, seus inimigos, suas crenças e isso é refletido na própria ambientação.

O VEREDITO

God of War foi corajoso em querer reinventar toda série depois de anos seguindo a mesma fórmula. Mas será que todas essas mudanças fizeram dele melhor sem perder suas raízes? Sim. Todas essas mudanças primeiramente no estilo de câmera trouxe uma experiência totalmente ao jogador deixando-o mais inserido na trama, nos combates e no mundo do jogo. Por fim o toda a implantação do sistema RPG no universo do jogo uma perspectiva única para cada jogador no modo de como ele vai encarar a jornada de Kratos. Sem sombras de dúvidas o todo o conjunto aplicado de forma perfeita fez de  God of War um jogo épico e emocionante.

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