O projeto Galpão Itinerante é uma ação da Associação de Artes Cênicas de Itapipoca (AARTI)/Galpão da Cena, em parceria com as entidades: Sociedade de promoção e apoio a família de Itapipoca (SOPRAFI), Associação da comunidade Remanescente de Quilombo de Agua Preta e o Conselho Indígena Tremembé de Itapipoca (CITI), e com a Secretaria Estadual da Cultura (Secult-CE) através do Prêmio Fomento Cultura e Arte – Lei Aldir Blanc, que se propôs desenvolver processos coletivos de criação em artes nas linguagens: dança, música, audiovisual e literatura, integrando jovens e lideranças culturais das três entidades parceiras, vislumbrando a montagem de obras artísticas a serem compartilhadas com públicos diversos que compõem o território do Vale do curu/Litoral Oeste.
MODOS DE FAZER E GERAR
A proposta metodológica das residências possibilitou conexões entre Dança e linguagens afins (música, audiovisual e literatura), confluindo com temáticas emergentes que precisam ser discutidas e aprofundadas no bojo comunitário, tais como racismo, intolerância, soberania alimentar, agroecologia, espiritualidades afro-indígenas, consciência política, entre outros.
Por meio de encontros virtuais (google meet) e presenciais (nos espaços/sedes de cada entidade) criou-se dinâmicas pulsantes de acolhimento, diálogos, autonomias, experimentações, treinos, ensaios, avaliações e principalmente cumplicidades afetivas, que por sua vez, garantiram a produção conjunta de obras artísticas (cênicas, escritas, musicais e audiovisuais) com a participação integral de 60 jovens bolsistas, (20 jovens em cada espaço/entidade), sob orientação e acompanhamento de artistas docentes convidados. Todas as atividades presenciais foram realizadas seguindo os protocolos de cuidado da OMS, especificamente o uso de máscara, álcool gel e distanciamento físico.
ESTREIAS E LANÇAMENTOS
Serão estreadas nesse final de semana duas obras cênicas resultantes desse processo, como também a revista/folder: “Galpão Itinerante”, e no final de junho será lançado um vídeo-documentário inédito com imagens, relatos e depoimentos de jovens, artistas docentes e lideranças comunitárias que teceram essa ação conosco.
Agenda:
Dia 04/06 – estreia da obra de dança/música: “Água pede agô”, na comunidade quilombola de Água Preta, Tururu CE;
Dia 05/06 – estreia da obra de dança/poesia: “Tá rocheda!? Acredita periferia!”, na SOPRAFI, bairro violete, Itapipoca CE;
As estreias serão restritas para um público reduzido de convidados.
“Em meio a tantas notícias lamentáveis que assolam o nosso país, portais de esperança e cura se abrem para nós com a realização desse projeto andarilho! Haveremos de vencer toda a tirania genocida que ameaça nossas vidas, por meio de nossas artes comunitárias, dos braços das juventudes que se erguem para a luta com paixão, alegria, coragem, fúria, ternura e ousadia!,” afirma Gerson Moreno – diretor artístico-pedagógico do projeto.
O projeto é apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura (Secult), através do fundo estadual da cultura, com recursos provenientes da lei federal n° 14.017, de 29 de junho de 2020 (Lei Aldir Blanc).